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Ambientalistas contra intenção da Câmara de pôr empresas nos terrenos da Ota

A associação ambientalista de Alenquer, a 'Alambi', criticou hoje a intenção da autarquia de transformar os terrenos onde esteve prevista a construção do aeroporto da Ota em parques de empresas, considerando que isso traria "impactos ambientais negativos e desnecessários".Diário Económico Online/Lusa"Os impactes ambientais seriam de elevada magnitude e injustificados, sobretudo quando existem vastas áreas classificadas de industriais no actual Plano Director Municipal, que ainda se encontram sub-ocupadas (como é o caso da Zona Industrial Ota-Marés)", defende a 'Alambi'."O ordenamento e desenvolvimento do concelho não podem assentar na especulação (...) e na alteração de uso de solos classificados", sustentam os ambientalistas, que sempre contestaram a localização do novo aeroporto de Lisboa na Ota, invocando a preservação dos terrenos considerados como Reserva Ecológica e Reserva Agrícola."Quero que toda a zona do aeroporto, incluindo a Base Aérea da Ota, seja uma zona industrial e que não se destine à construção", disse esta semana à Lusa o presidente da Câmara de Alenquer, Álvaro Pedro."Entendo que é preciso atrair investimento a um concelho que esteve estes anos todos parado por causa do aeroporto", declarou o autarca socialista, acrescentando que a criação da zona industrial é uma das compensações que espera venha a ser dada ao município pelo abandono da Ota.Mas para a 'Alambi', a "importância e sensibilidade dos sistemas ecológicos existentes na área anteriormente prevista para instalação do Novo Aeroporto de Lisboa na Ota, foi já comprovada pelos estudos ambientais realizados no local".Os ambientalistas recordam ainda em comunicado que a relevância dos valores naturais teve reflexo na Estrutura Ecológica do Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) da Área Metropolitana de Lisboa.De acordo com a 'Alambi', o PROT-AML classificou o local como "Corredor Ecológico Secundário" e ainda a zona da "Charneca de Ota e Ribeira da Maçussa" como "Núcleo Essencial para a Conservação da Natureza"."A conservação dos sistemas em causa não se coaduna com a construção e impermeabilização dos solos", sustentam os ambientalistas.Uma parte do concelho de Alenquer e de Azambuja ficaram, desde 1999, sujeitos a medidas preventivas que visaram a reserva terreno para a construção do novo aeroporto de Lisboa.A decisão do actual Governo de construir o aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete vai levar a que sejam levantadas as medidas, que vigoraram, durante quase uma década.

Publicado in, http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/nacional/empresas/pt/desarrollo/1101034.html

Rafael Lopes Raimundo Subturma 5.