Tony Blair desafia os maiores poluidores do mundo a lançar revolução do clima.
O antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, apelou hoje em Tóquio aos países mais poluidores do mundo a lançarem uma revolução no combate às alterações climáticas e anunciou que vai liderar uma equipa internacional que apresentará um novo quadro para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.
Para Blair, o apelo à acção é claro e urgente. O renascimento da energia nuclear faz, para ele, parte da solução.“Chegámos a um momento crítico de decisão sobre as alterações climáticas. Existem poucas, se algumas, dúvidas genuínas”, disse Blair aos ministros do Ambiente do G20 – os 20 países que mais emitem gases com efeito de estufa do mundo – reunidos desde ontem em Chiba, perto de Tóquio.“Se uma pessoa nos Estados Unidos emitir, per capita, um décimo do que emite hoje, e uma pessoa no Reino Unido emitir um quinto, não estamos a falar de um ajuste. Estamos a falar de uma revolução”, disse Blair aos delegados.O norte-americano médio emite o equivalente a 24 toneladas de dióxido de carbono por ano. Na China, esse número é de cerca de quatro toneladas.Blair disse que as negociações lideradas pela ONU, e lançadas em Bali em Dezembro, são o fórum adequado para trabalhar no substituto do Protocolo de Quioto, que termina em 2012. Apesar disso, afirmou que é necessária uma nova iniciativa para informar e aconselhar essas negociações. A equipa internacional que lidera está a estudar a eficácia do comércio de emissões, acordos sectoriais para as indústrias poluentes, criação de fundos para a investigação e desenvolvimento, transferência de tecnologia, desflorestação, entre outras questões.“Pessoalmente, não vejo outra forma de lutar contra as alterações climáticas sem um renascimento da energia nuclear”, acrescentou.Os delegados em Chiba estão apenas a dialogar e não a negociar sobre formas de reduzir as emissões, transferência de tecnologias, sistemas de financiamento para os países em desenvolvimento se adaptarem ao sobre-aquecimento global e para adoptarem energias “limpas”.Os ministros estão a ser transportados para o local das conferências em veículos movidos a pilhas de combustível e aos funcionários está a ser servido um almoço que utiliza pauzinhos e caixas reutilizáveis, em vez das versões descartáveis.No final da primeira sessão, sobre tecnologia, um delegado comentou que a África do Sul, Indonésia, Índia e Brasil rejeitaram ser rotulados de grandes emissores.
Tiago Mateus, n.º 13181, ST1

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