http://http://www.technikwissen.de/umwelt/news.php?data[category_id]=111&data[article_id]=40949
Esta notícia ilustra os investimentos feitos pelas empresas europeias, na redução do preço do biodiesel, neste caso uma empresa alemã que tem desenvolvido a sua àrea de actuação no âmbito do biodiesel feito a partir de algas.
A Galp a nível nacional enceta esforços no mesmo sentido, investindo cerca de 2 milhões de euros, tal como nos é ilustrado nesta notícia, que pode aqui ser consultada :http://http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=927601&div_id=1728.
Por outro lado, surgem notícias do aumento dos preços dos combustíveis pela adição de biodiesel: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=927614&div_id=1728
Ora de facto, o biodiesel apresenta como grande desvantagem o aumento desmesurado do custo dos cereais, na medida em que é um combustível renovável derivado de óleos vegetais, como girassol, soja, e demais oleaginosas, ou de gorduras animais.
Por outro lado, é usado em motores a diesel, em qualquer concentração de mistura com o diesel, sendo produzido através de um processo químico que remove a glicerina do óleo, que se chama Transesterificação.
Contudo os elevados custos que derivam da insustentabilidade económica deste processo, levam a que o biodiesel seja por agora um projecto falhado, ainda que as questões ambientais tenham que ser ponderadas e eventualmente que seja necessária uma intervenção estadual de forma a promover o uso do biodiesel.
O que a nosso ver é errado, pois ainda que como principais vantagens do biodiesel se apontam factores importantes tais como: que para a sua utilização não existe necessidade de alterações ou mudanças ao nível do motor dos veículos movidos a diesel, podendo ainda ser uma forma de fazer frente ao problema político subjacente à dependência da União Europeia face aos países produtores de petróleo, sendo uma energia renovável e "amiga" do ambiente por não ser constituída por carbono fóssil o que ajuda a diminuir a emissão de CO2, etc, não tem sustentabilidade, nomeadamente no nosso País.
A razão de ser desta nossa posição trata-se principalmente, por considerarmos que a produção intensiva de biodiesel levaria não só ao aumento dos cereais, como levaria ainda ao esgotamento dos solos, ainda que as soluções poderão passar pelo biodiesel feito a partir de algas, não é neste momento uma solução viável.
Um preço do biodiesel baixo levaria a uma redução do preço do petróleo, pois ainda que sendo escasso e mesmo que se saiba que as reservas acabarão num futuro próximo, o comum dos mortais apenas se importaria pelo preço final, o mercado acabaria por funcionar por ele próprio e o preço petróleo acabaria por descer e as soluções a favor do ambiente acabariam por não surtir qualquer efeito.
Assim, a nosso ver o caminho a trilhar será simplesmente apostar em outras energias alternativas, maxime - a energia solar- pois a nosso ver tendo o nosso país todas as condições favoráveis para a utilização deste recurso natural, os investimentos estatais deveriam passar por esta solução.
Será então um não ao biodiesel neste momento, mas quiça um sim no futuro, que traga outras circunstâncias...
Etiquetas: Artur Silva