Distinguir o que de melhor se faz em Portugal pela sustentabilidade é o objectivo dos Green Project Awards, um prémio lançado hoje e que lança o desafio a cidadãos comuns, empresas, associações, autarquias e escolas. Desta vez o que conta não são só as ideias mas os resultados.
O prémio, iniciativa do grupo GCI (empresa de consultoria de comunicação), tem três categorias: projectos e investigação já concretizados – para estas duas categorias nas áreas da ecoeficiência, construção sustentável, arquitectura bioclimática, energia, água, ar, resíduos, biodiversidade e conservação da natureza, florestas e transportes – e comunicação (melhor relatório de sustentabilidade e ambiente e campanhas de sensibilização e informação).
O júri reúne pessoas de várias áreas, entre elas a Agência Portuguesa do Ambiente (organismo do Ministério do Ambiente), a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, Parque EXPO, Universidade Católica Portuguesa e MIT Portugal.
A inscrição dos participantes vai de 22 de Abril a 12 de Setembro. A avaliação de candidaturas decorrerá de 15 de Setembro a 31 de Outubro e a atribuição dos prémios acontecerá em Novembro.
A Quercus foi desafiada a embarcar nesta iniciativa. “Achámos muito interessante o conceito de premiar resultados e não apenas ideias, distinguir a concretização da sustentabilidade”, comentou Susana Fonseca, da Quercus, ao PÚBLICO.
Outra ideia que agradou à associação foi a preocupação com a comunicação. “A sustentabilidade não é uma palavra fácil de definir. Por exemplo, muitos pensam que é só Ambiente. Mas não. É um equilíbrio entre as componentes ambientais, sociais e económicas. E hoje circulam muitas mensagens contraditórias. É preciso comunicar bem a sustentabilidade, para que possamos ter cidadãos informados e pró-activos”, considerou.
António Gonçalves Henriques, director-geral da Agência Portuguesa do Ambiente, vê neste galardão uma “iniciativa muito relevante” que deve ser incentivada. “Nós, enquanto Agência [Portuguesa de Ambiente] não podemos trabalhar sozinhos [pela sustentabilidade]. Precisamos da ajuda de todos, tanto de parceiros privados como dos cidadãos”, comentou ao PÚBLICO depois do lançamento da iniciativa, esta manhã na Agência Portuguesa do Ambiente, em Alfragide.
Segundo Susana Fonseca, o júri está consciente do desafio que tem em mãos. “Este é um prémio muito abrangente, quer quanto às áreas quer quanto aos participantes. Mas este ainda é o primeiro ano. Vamos ver como corre”.
Para Susana Fonseca, nos cidadãos “já há alguma consciência para a sustentabilidade. Mas ainda há muito trabalho a fazer”. Ainda há muitas pessoas que “dizem querer ser sustentáveis mas, ao mesmo tempo, querem comprar telemóveis novos todos os anos”, exemplificou.
in "Público" (22 Abril 2008)

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