O ambientalista Francisco Ferreira afirmou esta segunda-feira que a sobrevivência da comunidade de golfinhos-roazes do estuário do Sado depende da adopção de novas regras para disciplinar a náutica de recreio e o percurso dos novos ferry-boats para Tróia, noticia a agência Lusa.
«Aquilo que é necessário é definir as medidas de curto prazo e imediatas, que podem ser implementadas desde já ¿ trajectória dos ferries e navegação das embarcações de recreio ¿, e resolver problemas de qualidade da água, dos sedimentos e das obras portuárias no estuário do Sado», disse Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus.
O dirigente da Quercus falava à Lusa durante o primeiro encontro de preparação do Plano de Acção para a salvaguarda e Monitorização do Estuário do Sado, que decorreu nas instalações da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), com a participação de diversas entidades locais e empresas, como a Lisnave, Portucel e Sonae Turismo.
Sobrevivência dos golfinhos em causa
Como lembrou o dirigente da Quercus, as associações ambientalistas entregaram em Bruxelas uma queixa contra a localização do novo cais dos ferries em Tróia numa zona da Rede Natura 2000, por considerarem que a nova infra-estrutura poderia pôr em causa a sobrevivência dos golfinhos.
Por outro lado, os ambientalistas alegam que o percurso dos novos ferries que vão fazer a ligação fluvial Setúbal/Tróia colide com as trajectórias dos golfinhos.
As preocupações dos ambientalistas não parecem preocupar demasiado a directora do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas como Zonas Húmidas, Maria João Burnay, que acredita na possibilidade de se encontrarem soluções de consenso para minimizar o problema.
«Não se podem fazer travessias para cima das rotas dos golfinhos. Temos de encontrar percursos alternativos, porque senão não estávamos aqui a fazer nada», disse à Lusa Maria João Burnay, convicta de que será possível chegar a um entendimento com a Sonae, proprietária do empreendimento turístico de Tróia e dos novos ferries.
«A Sonae, estando neste grupo de trabalho e tendo assinado com o ICNB [Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade] um compromisso de 'Business & Biodiversisty', com certeza que as coisas não ficarão apenas no papel e que serão tomadas as necessárias providências», disse.
Segundo a bióloga marinha Raquel Gaspar, a comunidade de golfinhos-roazes do estuário do Sado, que tem vindo a diminuir progressivamente nos últimos anos, tem actualmente 17 elementos adultos, mas destes apenas três são jovens com possibilidades de se reproduzirem.
O Plano de Acção para a salvaguarda dos golfinhos do estuário do Sado, que deverá estar concluído até final deste ano, deverá ser elaborado em conjunto pelo ICNB, associações ambientalistas e empresas que exercem a actividade junto ao estuário do Sado.
«Aquilo que é necessário é definir as medidas de curto prazo e imediatas, que podem ser implementadas desde já ¿ trajectória dos ferries e navegação das embarcações de recreio ¿, e resolver problemas de qualidade da água, dos sedimentos e das obras portuárias no estuário do Sado», disse Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus.
O dirigente da Quercus falava à Lusa durante o primeiro encontro de preparação do Plano de Acção para a salvaguarda e Monitorização do Estuário do Sado, que decorreu nas instalações da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), com a participação de diversas entidades locais e empresas, como a Lisnave, Portucel e Sonae Turismo.
Sobrevivência dos golfinhos em causa
Como lembrou o dirigente da Quercus, as associações ambientalistas entregaram em Bruxelas uma queixa contra a localização do novo cais dos ferries em Tróia numa zona da Rede Natura 2000, por considerarem que a nova infra-estrutura poderia pôr em causa a sobrevivência dos golfinhos.
Por outro lado, os ambientalistas alegam que o percurso dos novos ferries que vão fazer a ligação fluvial Setúbal/Tróia colide com as trajectórias dos golfinhos.
As preocupações dos ambientalistas não parecem preocupar demasiado a directora do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas como Zonas Húmidas, Maria João Burnay, que acredita na possibilidade de se encontrarem soluções de consenso para minimizar o problema.
«Não se podem fazer travessias para cima das rotas dos golfinhos. Temos de encontrar percursos alternativos, porque senão não estávamos aqui a fazer nada», disse à Lusa Maria João Burnay, convicta de que será possível chegar a um entendimento com a Sonae, proprietária do empreendimento turístico de Tróia e dos novos ferries.
«A Sonae, estando neste grupo de trabalho e tendo assinado com o ICNB [Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade] um compromisso de 'Business & Biodiversisty', com certeza que as coisas não ficarão apenas no papel e que serão tomadas as necessárias providências», disse.
Segundo a bióloga marinha Raquel Gaspar, a comunidade de golfinhos-roazes do estuário do Sado, que tem vindo a diminuir progressivamente nos últimos anos, tem actualmente 17 elementos adultos, mas destes apenas três são jovens com possibilidades de se reproduzirem.
O Plano de Acção para a salvaguarda dos golfinhos do estuário do Sado, que deverá estar concluído até final deste ano, deverá ser elaborado em conjunto pelo ICNB, associações ambientalistas e empresas que exercem a actividade junto ao estuário do Sado.
Etiquetas: andreia teixeira subt12 nº 14263
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