O Governo canadiano está a promover a deslocação de uma delegação de diplomatas e de caçadores de focas a cinco capitais europeias, com vista a evitar um boicote alargado aos produtos da espécie animal.
Segundo noticiou a estação Radio-Canadá, a delegação, composta por um embaixador e caçadores de focas das regiões da Terra Nova, Quebeque e Nunavut, inicia a sua visita à Europa no próximo fim-de-semana e irá passar por cinco capitais: Londres (Reino Unido), Paris (França), Bruxelas (Bélgica), Berlim (Alemanha)e Viena (Áustria).
A deslocação visa sensibilizar os governos europeus para a importância da caça à foca enquanto actividade económica e demonstrar que é uma actividade sustentável e sujeita a rigorosa e cuidada política de gestão animal.A ida a Bruxelas assume particular interesse, porquanto a Bélgica foi o primeiro país da União Europeia a decretar, em Janeiro de 2007, um embargo total aos produtos derivados de foca, decisão que o Canadá contestou junto da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O Ministério canadiano das Pescas e dos Oceanos anunciou este mês que a quota autorizada este ano para a caça às focas será de 275 mil animais, um aumento face aos 270 mil e 335 mil permitidos, respectivamente, em 2007 e 2006.
Várias associações internacionais de defesa da vida animal, insurgiram-se contra a medida, entre as quais o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal(IFAW), mas Otava está firme quanto ao propósito de defender a caça à foca em todas as instâncias internacionais.
O ministro canadiano das Pescas, Loyola Hearn, referiu que a caça à foca é «uma actividade económica para numerosas comunidades rurais nas zona do Canadá atlântico, Quebeque e o no Norte».
«A caça à foca no Canadá é humana, sustentável e responsável», aponta uma nota divulgada pelo seu gabinete.
De acordo com as últimas estimativas, a população de focas em território canadiano ronda os 5,5 milhões.
Diário Digital / Lusa
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