A biomassa nasce do procedimento de queimar resíduos orgânicos em fornos ou caldeiras para produzir electricidade ou calor, sendo muito utilizada com este fim nos países em vias de desenvolvimento.
Actualmente, a biomassa, através das suas diversas formas de utilização, proporciona cerca de 10% da energia mundial. Tendo em conta as afirmações dos maiores peritos nesta matéria, utilizando novas tecnologias, pode obter-se uma maior eficiência, e esta fonte de energia poderá vir a responder a cerca de 70% a 80% das necessidades totais de energia mundial.
De facto, hoje em dia, a extracção de energia que se faz da biomassa já é superior a todas as centrais nucleares, sendo que, no entanto, a maior parte da energia gerada pela biomassa provém de países pouco desenvolvidos. Se estes países possuíssem as técnicas utilizadas nos países mais avançados, a contribuição da biomassa faria diminuir consideravelmente os consumos de petróleo e outros combustíveis fósseis, ou seja, não renováveis.
Só na Finlândia, a energia que se consegue obter de resíduos florestais e da indústria da madeira é quase 20% da produção total, sendo de destacar também a Dinamarca, Áustria e a Suécia como nações competitivas na produção de biomassa.
Estão em vigor programas de incentivo às energias renováveis nos Estados Unidos e na União Europeia, e com eles se prevê que a biomassa contribua com mais de 60% da parcela que as energias renováveis vão tirar às fósseis.
Um dos principais inconvenientes da biomassa é o facto de contribuir para o aumento de emissões de metano para a atmosfera (um dos gases produtores do efeito de estufa). A solução para este problema passa por monitorizar e controlar o nível de emissões.
Com a utilização dos desperdícios como fonte de energia, evitam-se males maiores. Por exemplo, com a recolha de resíduos florestais para empregar em centrais produtoras de electricidade e calor pode-se evitar incêndios. Outra vantagem apontada à biomassa é que representa um bom modo de evitar o aumento de emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O CO2 que se liberta pela combustão dos resíduos orgânicos não é senão aquele que o ser humano usou para se formar e crescer. Desta forma, o balanço completa um ciclo no qual não se inclui dióxido de carbono, sendo a energia resultante limpa.

in revista "Super Interessante"

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