Pedreiras da Arrábida omitem volume anual extraído
2008-04-18
Autênticas crateras lunares, abertas em pleno Parque Natural da Arrábida (PNA), há mais de 30 anos. É o cenário provocado pela actividade extractiva das 7 pedreiras, duas da Secil, na área de Setúbal, e mais cinco, na área de Sesimbra, localizadas na área do do PNA, criado em 1976.
Hoje não se conhece o volume anualmente extraído em cada uma das pedreiras porque cabe às mesmas decidirem se querem ou não divulgar essa informação, informa Carlos Caxaria, subdirector-geral da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
O jornal Água&Ambiente contactou as pedreiras Marques Gomes Galo, Henrique Borges Iarenga, Sanchez, Pedro Silo, Teodoro Gomes Alho, situadas em Sesimbra, mas nenhuma quis adiantar estes valores. No entanto, sabe-se que em 2006 foram extraídas «cerca de 6,3 milhões de toneladas de matéria-primas no concelho de Sesimbra, incluindo outras pedreiras fora do PNA», adianta Carlos Caxaria. Na área do PNA estima-se que o volume total extraído nesse ano tenha chegado aos 5 milhões de toneladas.
Estas pedreiras, juntamente com as do concelho de Alenquer, são a fonte de abastecimento de brita para construção civil e obras públicas na área metropolitana de Lisboa, cujo consumo ultrapassa os 10 milhões de toneladas/ano. As quantidades anuais exploradas vão dependendo das necessidades do mercado mas, garante Carlos Caxaria, as cinco pedreiras de Sesimbra com actividade no espaço do PNA, «estão impedidas de aumentar em superfície a sua área de exploração».
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