Ambiente: Quercus desiludida com metas do G8


A associação ambientalista Quercus está desiludida com a meta traçada pelos países mais industrializados do mundo de reduzirem as emissões poluentes para metade até 2050, considerando que o importante era ter definido uma meta para 2020, informa a agência Lusa.
«A meta para 2050 deveria estar entre os 60 e os 80 por cento de redução de emissões de gases com efeito de estufa relativamente aos valores de 1990. Cinquenta por cento de redução fica aquém das expectativas», comentou Francisco Ferreira, dirigente da Quercus.
Para os ambientalistas, o importante teria sido estabelecer uma meta para a redução das emissões até 2020, uma data considerada prioritária dada a urgência de inverter a curto prazo o sobreaquecimento do planeta, causado pelos gases com efeito de estufa.
«O grande problema é não estabelecer uma meta intermédia em relação a 2050. É uma desilusão em relação ao que é necessário», declarou ainda Francisco Ferreira.
Sem traçarem metas intercalares, os ministros do G8 (sete países mais industrializados do mundo e a Rússia) referem apenas indirectamente um dado científico das Nações Unidas que aponta para a necessidade de os países mais ricos reduzirem entre 25 a 40 por cento as suas emissões poluentes até 2020.
Reunidos no Japão, os ministros do ambiente do G8 decidiram comprometer-se apenas a reduzir para metade as emissões até 2050, uma meta que terá ainda de ser assumida formalmente na próxima cimeira do G8 a realizar em Julho na cidade japonesa de Toyako.
O G8 é constituído pelo Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Rússia e Estados Unidos, país que recusou ratificar o Protocolo de Quioto, o acordo global de luta contra as alterações climáticas.

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