Lançado Programa Futuro Sustentável
Ser verde e defender o desenvolvimento sustentável "não é uma mera questão de moda ou de marketing, mas é cada vez mais o centro do negócio das empresas do nosso grupo", afirmou hoje Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa (proprietário do Expresso), no lançamento do Programa Futuro Sustentável, uma iniciativa conjunta do Expresso e do Banco Espírito Santo (BES).
Balsemão falava na Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa para um auditório com lotação esgotada por mais de 300 pessoas, entre alunos, professores e público em geral. O líder da Impresa salientou o papel do Expresso na promoção destes valores, destacando o Mês da Sustentabilidade, que se vai realizar pela segunda vez ao longo das cinco edições de Maio, e o Mês do Ambiente, que marcará as quatro edições de Junho, como as principais iniciativas do jornal, bem como o concurso Ideias Verdes, promovido em conjunto com a Água do Luso, e destinado a premiar com 50 mil euros projectos ambientais desenvolvidos por jovens.
Três conferências em destaque
Este ano o Programa Futuro Sustentável vai estar em destaque através de três conferências. A primeira contará com intervenção do cantor e activista político irlandês Bob Geldof, o célebre organizador dos megaconcertos "Live Aid", "Band Aid" e "Live 8", que vai falar sobre o tema "Fazer a Diferença" (Making a Difference) no Pestana Palace Hotel, em Lisboa, no próximo dia 6 de Maio. "Economia Social: o Terceiro Sector", será o tema da segunda conferência, a realizar no dia 15 de Maio no Centro Cultural de Belém e a terceira, a ter lugar no mesmo local, será dedicada à "Biodiversidade e Oportunidades de Negócio".
O fundador do Expresso recordou também as acções levada a cabo por outros órgãos de informação do grupo, nomeadamente a SIC e a Visão, destacou os objectivos de redução do consumo de papel na área da imprensa, e revelou as auditorias energéticas que estão a ser feitas aos edifícios da Impresa, que vão permitir ganhos de eficiência através de várias medidas, incluindo o investimento em painéis solares fotovoltaicos em 2008 e 2009.
Portugal na linha da frente
Manuel Pinho sublinhou por sua vez que "hoje em dia deixou de fazer sentido falar de energia sem falar de ambiente e falar de ambiente sem falar de energia, porque o 'business as usual' na energia é insustentável". O ministro da Economia e Inovação acrescentou que o nosso país quer estar na linha da frente da revolução no sector da energia, e tem meios para isso, sendo em diversos aspectos uma referência internacional. "Não há nenhum outro sector da economia em que possamos dizer que estamos no Top-5 europeu ou no Top-10 mundial na maioria dos indicadores mais relevantes", assinalou o ministro, antigo professor da Universidade Católica.
Manuel Pinho recordou que Portugal já produz actualmente 40% da electricidade consumida a partir de fontes renováveis, "ou seja, mais de nove horas de consumo por dia". O objectivo do anterior governo de produzirmos 39% da electricidade a partir de fontes renováveis "foi, portanto, ultrapassado, tendo sido fixada uma nova meta de 45% em 2010". E para 2020 foi fixado o objectivo de produzirmos 31% da energia primária a partir das renováveis, "o que nos colocará no Top-5 europeu, a seguir à Áustria, Suécia, Letónia e Dinamarca", prosseguiu o ministro.
O Banco Espírito Santo "tem sido líder em matéria de financiamento ao crescimento verde", destacou entretanto o seu presidente. Ricardo Salgado lembrou, nomeadamente, o facto de o BES ter sido o primeiro banco português a assinar os "Princípios do Equador" e de ser, por enquanto, "o único banco nacional a integrar o conceituado índice internacional Footsie4Good, referente às empresas com melhores práticas em prol do desenvolvimento sustentável". O banqueiro sublinhou que o BES está envolvido no apoio a projectos inovadores na área das energias renováveis através do capital de risco, "mas tem sido principalmente no 'Project Finance', com base em Lisboa e em Londres, que temos actuado nesta área". Ricardo Salgado afirmou que o BES já recebeu vários prémios internacionais e participou até agora em 150 projectos nos cinco continentes, o que corresponde "a evitar a emissão de oito milhões de toneladas de CO2 por ano para a atmosfera, isto é, o equivalente às emissões de três milhões de automóveis".
O lançamento do Programa Futuro Sustentável foi encerrado pelo reitor da Universidade Católica Portuguesa, Manuel Braga de Cruz, para quem "a sustentabilidade não é apenas uma nova economia, mas antes de mais um novo enfoque do desenvolvimento".
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In "Expresso"
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