Em tempos o carvão foi considerado uma das principais fontes de energia, chegando mesmo a fornecer metade da electricidade que era consumida pelas populações. Todavia, a descoberta do “ouro negro” e do gás natural conduziu a um apagamento do papel do carvão enquanto material capaz de produzir electricidade e gerar aquecimento.
Não obstante tal cenário, é preciso analisar a conjuntura actual; enquanto o petróleo escasseia e o preço do gás natural aumenta a passos largos, estará o carvão a reinar de novo? Este tem efectivamente capacidade para alimentar as fábricas e produzir iluminação por anos e anos, mas este retorno à era do carvão representa uma ameaça ao clima global. A transformação deste combustível fóssil pelas fábricas, essencialmente pelas centrais electroprodutoras, provoca a emissão de substâncias nocivas, como o dióxido de enxofre – conduzindo a chuvas ácidas - e o mercúrio, que acompanhado da queda de neve ou chuva acumula-se no peixe, o que torna a alimentação perigosa. Para além destes gases, surge também o dióxido de carbono, responsável pelo aquecimento climático - o já nosso conhecido efeito de estufa - em conjunto com os carros e outros transportes que emanem esse gás. Finalmente, o carvão contém ainda óxidos de azoto, estes responsáveis pelas chuvas ácidas e formação de ozono ao nível do solo. Deste modo, verifica-se que, por enquanto, o esforço feito por alguns em implementar outras fontes de energia menos poluentes e susceptíveis de renovação, não tem sido totalmente acolhido; continua o entendimento de que nem a energia nuclear nem as fontes alternativas (energia produzida pelo vento, pela água, pelo sol, etc.) são capazes de satisfazer a procura de electricidade. Assim sendo, queimar o carvão está-se a tornar novamente um hábito, o que levará a uma ameaça suplementar ao nosso clima, já muito fragilizado.
Quem consumirá carvão em 2025?
- China – 3.242 milhões de toneladas (este país irá aumentar para mais do dobro a sua produção; planeia igualmente converter o carvão em combustível líquido para motores.)
- EUA – 1.505 milhões de toneladas
- Europa (sem a Rússia) – 853 milhões de toneladas
- Índia – 736 milhões de toneladas
- Rússia – 288 milhões de toneladas
- Outros – 1.602 milhões de toneladas
Dados in National Geographic/Portugal
Etiquetas: Marlise Barbosa