Portugal detém as primeiras pastagens semeadas, permanentes, biodiversas e ricas em leguminosas para a retenção de carbono, contribuindo, desta forma, para o cumprimento do Protocolo de Quioto. Inseridas no projecto Extensity, liderado pelo Instituto Superior Técnico (IST) que tem em vista optimizar o desempenho económico, social e ambiental das explorações agrícolas. Estas pastagens, devido à sua maior produtividade, aumentam, significativamente, a matéria orgânica no solo que é constituída em 58% por carbono. Quanto mais carbono for retido no solo, menos dióxido de carbono será emitido para a atmosfera, contribuindo para a redução de gases de efeito de estufa. Os resultados disponíveis indicam que estas pastagens têm capacidade para aumentar em 0,2% por ano o teor de matéria orgânica no solo, durante pelo menos 10 anos. A este aumento de matéria orgânica no solo corresponde uma redução de cinco toneladas de CO2 na atmosfera, de acordo com estudos feitos pelo IST.

O projecto Extensity tem vindo a realizar o trabalho técnico para que Portugal possa beneficiar o mais possível deste sistema. Caso Portugal implementasse 300 mil hectares destas pastagens, seriam fixadas anualmente 1,5 milhões de toneladas de CO2, da ordem de metade do défice de Portugal no Protocolo de Quioto.

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