Cerca de 25 por cento dos 1002 inquiridos, no âmbito do estudo O Observador Cetelem, pode vir a adquirir equipamento para produção de energia renovável nos próximos 12 meses. Os principais motivos para a compra do equipamento são as preocupações com o ambiente (40 por cento), a redução na despesa mensal com a electricidade (37 por cento) e o facto de poderem rentabilizar o investimento através da venda de energia excedentária (14 por cento).
O documento, apresentado hoje pela Cetelem, em Lisboa, revela ainda que para 22 por cento dos entrevistados o preço foi mencionado como factor decisivo. Para os inquiridos que não colocam a hipótese de adquirir equipamentos para a produção de energias renováveis, os principais obstáculos à aquisição prende-se com os custos elevados (35 por cento), o facto não existirem condições financeiras para o fazer (32 por cento) e o facto da habitação não possuir as condições necessárias à instalação (20 por cento).
Já cerca de 28 por cento dos inquiridos admite poder vir a comprar um equipamento para produção de energias renováveis, através de um crédito. Os principais motivos para esta aquisição são a possibilidade de investir na compra de mais e melhor equipamento (57 por cento) e o facto de possibilitar a aquisição mesmo não possuindo a totalidade do investimento (43 por cento).
O estudo revela ainda que mais de metade dos inquiridos (51 por cento), que planeiam adquirir equipamentos de produção de energias renováveis, prevêem investir mais de 1000 euros na aquisição de equipamento de produção de energia renovável, sendo os painéis fotovoltaicos (71 por cento) os equipamentos mais referidos. Em média, os inquiridos pretendem investir cerca de 3500 euros.
De qualquer modo, apesar de os portugueses estarem mais conscientes da importância das energias renováveis, há ainda um longo caminho a percorrer, lembrou Fernando Catarino, professor jubilado da Faculdade de Ciências de Lisboa. Para o docente, que teve a cargo a apresentação do estudo, as mudanças têm de passar pela educação. Devia haver, nomeadamente, «demonstração deste tipo de equipamentos nas escolas», acrescentou.


Carina Realista

Subturma 2

1 comentários:

  1. Subturma 4 disse...

    Lá diz o sábio provérbio português que "de boas intenções está o Inferno cheio". Neste caso, não é o Inferno... mas Portugal à beira-mar plantado. Porque, segundo o Destak de hoje (14 de Março), "apesar de os portugueses estarem na linha da frente no que diz respeito à intenção de comprar produtos amigos do ambiente, mesmo que sejam mais caros" também é dito que, "a maioria dos portugueses (75%) fica-se pelo desejo". Curioso que, também de acordo com o Eurobarómetro (tão citado neste blogue), "94% dos lusos defendem que cabe aos grandes poluidores (a indústria) o maior papel na protecção ambiental".

    Que conveniente. Mesmo à portuguesa, aliás :)

    Maria Inês P. Ramalho
    (14364)  


 

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