Alterações climáticas mudam geoestratégia europeia
Conflito sobre o acesso aos recursos naturais , insegurança no abastecimento energético e tensões com a Rússia no Árctico é o que a União Europeia pode esperar das alterações climáticas. Se até aqui a tónica era a redução de emissões, agora os 27 vão ter de lidar com as ameaças à segurança que o ambiente abre na geoestratégia global. O alto-representante da EU Javier Solana apresenta hoje ao Conselho Europeu um relatório que alerta para a prevenção civil e militar como combate às ameaças decorrentes das alterações do clima.
A seca, a diminuição de terrenos aráveis, as cheias e a subida do nível do mar são dos problemas mais graves. Muitas reservas energéticas situam-se não só em zonas de conflito, mas também no mar e em zonas costeiras. Esta realidade aumenta a concorrência e a insegurança energética. O clima é visto como" multiplicador de ameaças": prevê-se que aumentem tensões políticas em certas regiões do globo.
Em paralelo, o degelo do Pólo Norte conduz à explosão de recursos e rotas comerciais, o que vem alterar " a dinâmica geoestratégica, com consequências para a segurança".
In Diário de Notícias, 13 de Março de 2008
Ass: Carla Lourenço, N.º 14967, subturma 2
Etiquetas: Carla Lourenço
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