Sustentabilidade: 65% das empresas portuguesas mais conscientes com alterações climáticas, em 2007
Publicada por Subturma 11 à(s) 15:18Lisboa, 25 Mar (Lusa)
A maioria das empresas portuguesas de média e grande dimensão mostrou-se, em 2007, mais consciente com as alterações climáticas e a biodiversidade, comprometendo-se com o desenvolvimento sustentável, segundo dados da consultora Sair da Casca, hoje divulgados.
No ano passado, todos os portugueses ouviram falar de alterações climáticas, dando visibilidade ao conceito de desenvolvimento sustentável, o qual foi adoptado por 65 por cento das empresas portuguesas.
A contribuir para esta consciencialização estiveram as diversas campanhas associadas às alterações climáticas, como as emissões de gases com efeito de estufa, e a entrega do Prémio Nobel da Paz a Al Gore e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU.
No relatório Balanço e Desafios da Sustentabilidade 2007/2008, a empresa de consultoria em responsabilidade social Sair da Casca avançou com uma "abordagem optimista" para as questões da sustentabilidade, devido ao "reconhecimento [dos principais agentes sociais] de problemas ambientais, sociais e económicos interligados".
"A Sair da Casca entende que a sustentabilidade é actualmente um factor de diferenciação positiva com retorno evidente para qualquer negócio", afirmou o director-geral da consultora, Rui Loureiro.
Por isso, empresas globais, como a General Electric, Toyota e Dow, adoptaram tecnologias "limpas", "não para serem "amigas do ambiente", mas porque os resultados são rentáveis e porque os consumidores valorizam produtos sustentáveis", explicou Rui Loureiro.
Em 2007, cerca de 35 mil milhões de euros foram investidos em energias renováveis, o que representa um aumento de 33 por cento face ao ano anterior, segundo dados da Sair da Casca, baseados no relatório The Earth`s First Sustainable Global Economy, do Worldwatch Institute.
Os desafios com que os principais agentes sociais se depararam no ano passado prendiam-se com "as alterações climáticas, a produção e consumo de energia, a biodiversidade, a inclusão social, a mobilidade, o consumo de recursos, a contaminação e a alimentação", disse Rui Loureiro.
Perante esses desafios, os sectores que se apresentaram em situação "mais crítica" foram a indústria química, a energia (com o consumo de combustíveis fósseis), o sector financeiro (com a avaliação dos impactos ambientais do financiamento de projectos), a saúde (com a inovação, as patentes, o preço dos medicamentos), o sector agro-alimentar (com a agricultura, a obesidade), os transportes e a construção (com a biodiversidade na gestão territorial).
Para 2008, a Sair da Casca pretende ter "mais e melhor conhecimento dos impactos dos produtos e serviços", prevendo que "a biodiversidade começará a estar no centro das estratégias das empresas portuguesas".
"Para este ano, o mote é a inovação", afirmou Rui Loureiro.
Em 2007, a consultora desenvolveu vários projectos na área da responsabilidade social, ou seja, a sustentabilidade, como, por exemplo, o projecto educativo "O Ambiente é de Todos", em parceira com a EDP e o ministério do Ambiente, que consistiu na passagem de informação aos professores de 666 escolas, para que estes sensibilizassem os alunos com os problemas ambientais do planeta.
TZC.
Lusa/Fim
.2008-03-25 19:05:03
Etiquetas: Ana Sofia Santos