Os Problemas relacionados com a Água

A disponibilidade de água potável, é uma fonte de preocupações mundiais, sendo considerada por especialistas em meio ambiente como o grande problema do próximo milénio. As justificativas são muitas, entre elas pode-se citar que, do total de água do mundo apenas 3% é água doce e só 0,03% do total se encontra em superfícies acessíveis. O consumo de água situa-se como uma das necessidades básicas do ser humano, crescendo em taxas superiores às suportadas pelo planeta a médio prazo. Em 1940, o consumo mundial era de 1 trilião de litros por ano. Em 1960, já estava em 2 triliões, tendo subido para 4 triliões em 1990. No ano 2000 era de 5 triliões de litros de água por ano. O limite de 9 triliões de litros, estimado por órgãos internacionais, será alcançado em 2015. Enquanto a demanda aumenta as disponibilidades diminuem, em face da contaminação e da poluição causados aos mananciais.
Estima-se que a escassez de água vai acentuar os danos ambientais nos próximos 15 anos, segundo um relatório internacional sobre a água divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente.
A redução dos caudais dos rios, a crescente salinização dos estuários, o desaparecimento de peixes e plantas aquáticas e a diminuição dos sedimentos costeiros têm tendência a aumentar em muitas regiões do globo até 2020, afirmam os especialistas.
Estes problemas vão acentuar a perda de terrenos agrícolas, os riscos alimentares e a degradação das pescas, aumentando os perigos de sub-nutrição e doenças.
A agricultura é uma das principais preocupações ligadas à água, já que a procura de produtos agrícolas cresceu, a par da tendência de consumo de alimentos mais intensivos em termos de água, como a carne em vez dos vegetais, e a fruta em detrimento dos cereais.
A crescente procura por agricultura de regadio representa agora 70 por cento do consumo de água, dos quais apenas 30% são devolvidos ao ambiente, enquanto no caso da indústria e do abastecimento público é devolvida cerca de 90% da água usada.
É também criticada a falta de informação disponível já que muitos países desenvolvidos sabem pouco acerca dos seus recursos de água, sobretudo a nível dos aquíferos.
O documento salienta também o impacto da pesca excessiva e dos métodos destrutivos, como a pesca por explosão, e recomenda o pagamento de serviços dos ecossistemas como forma de valorizar os bens e serviços prestados pela natureza, como os recifes de coral ou as zonas húmidas.
As alterações climáticas devem ser encaradas como uma questão prioritária, com especial incidência nas pescas e organismos marinhos.

Raquel Torres, subturma 4

0 comentários:


 

Copyright 2006| Blogger Templates by GeckoandFly modified and converted to Blogger Beta by Blogcrowds.
No part of the content or the blog may be reproduced without prior written permission.