Os rios são sistemas complexos caracterizados como escoadouros naturais das áreas de drenagens adjacentes, que em princípio formam as bacias hídricas. A complexidade destes sistemas lóticos deve-se ao uso da terra, geologia, tamanho e formas das bacias de drenagem, além das condições climáticas locais.
Na sequência de graves prejuízos humanos, agrícolas e piscícolas detectados pelo uso da água do rio da região de Rio de Oliveira procedeu-se a um criterioso controlo da qualidade da água do mesmo, recorrendo-se para tal ao uso de indicadores e de técnicas de controlo de águas superficiais.
O uso de indicadores de qualidade de água consiste no emprego de variáveis que se correlacionam com as alterações ocorridas na microbacia, sejam estas de origens antrópicas ou naturais.
Em resultado, então, da utilização de indicadores e de técnicas de controlo da qualidade da água do rio da região de Rio de Oliveira constatou-se que alguns teores obtidos para os diversos elementos, ultrapassam os valores máximo recomendado - VMR e máximo admitido - VMA, definidos na legislação portuguesa para águas doces superficiais.

Nas águas do rio em questão foram detectados metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio. Estes metais encontram-se naturalmente no solo ou na água em quantidades mínimas, não causando grandes problemas. No entanto, em elevadas concentrações constituem sérios riscos para o ser humano. No caso em análise, observou-se a superação dos níveis considerados não prejudiciais, sendo a sua potencial causa as actividades antrópicas na bacia hidrográfica.
Tais níveis de concentrações podem prejudicar as vidas aquáticas, silvestres e o homem através de contacto primário ou na cadeia alimentar:

O Cádmio é um metal pesado, altamente tóxico mesmo em pequenas quantidades e cuja inalação ou toque tem efeitos gravemente prejudiciais para a saúde. Este metal acumula-se nos seres humanos nos rins, fígado e ossos podendo conduzir a disfunções renais, problemas pulmonares e osteoporose.

O Mercúrio é um elemento natural presente em baixas concentrações no ar, água e solo. Pode também ser encontrado nos organismos de animais, humanos e plantas, tornando-se, porém, perigoso, quando as suas concentrações excedem os valores presentes na natureza.
O mercúrio é um metal líquido à temperatura ambiente, caracterizado por ser
muito denso e de alta tensão superficial. Os altos teores deste metal, o seu toque ou a sua inalação podem prejudicar o cérebro, o fígado, o desenvolvimento dos fetos e causar distúrbios neuropsiquiátricos.


O Chumbo na forma metálica não é venenoso, mas os compostos que forma são altamente tóxicos se forem ingeridos, quer por via oral, quer por via respiratória, sendo causadores de disfunções renais e anemia, podendo até tornarem-se mortais uma vez que se acumulam no organismo.

Pela verificação destas substâncias contaminadoras, o rio da região de Rio de Oliveira apresenta-se sob o impacto de uma grande carga poluidora proveniente de resíduos resultantes de actividades pecuárias, agrícolas e industriais, que nele são despejados.
A presença de matéria orgânica e amónia e de metais altamente tóxicos são responsáveis em grande parte pela degradação da qualidade destas águas, devendo as mesmas serem sujeitas a tratamento e não podendo, até este ultimo estar finalizado, serem utilizadas para qualquer uso domestico, industrial, pecuário e/ou agrícola.



A Técnica Ambiental

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(prova documental da simulação processual)

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